terça-feira, 20 de agosto de 2013

Nuvem..



Existe uma nuvem, eu conheço-a, é pequenina mas elegante, farta-se de comer poeira e poeira e poeira. Não é uma nuvem solitária, gosta sempre de andar perto de outras nuvens como ela, que tenham diálogo, que a façam sentir bem, sentir-se mimada e bonita, sentir-se pomposa. Junta-se com a sua comunidade de nuvens para que a compreendam para que a ajudem. Mas a nuvem tem um problema, não consegue estar muito tempo próxima das mesmas nuvens não, porque aí ela é levada com o vento, ela foge, juntando-se com outras, novas nuvens, novas coisas. E ela tem outro problema, não gosta que a chateiem, que a aborreçam, que a pressionam nem que a desiludam, porque aí ela choca, faz fita, fica zangada e chove, chove muito em todo lado com a libertação da sua dor. E quando ela entristece, fica negra e negra e aguenta aguenta aguenta até conseguir libertar-se. Mas esta nuvem está sempre lá, mesmo que tente passar despercebida, ou mesmo que ninguém a veja, ela fica sempre no seu canto, junto do céu azul, umas vezes num lugar, outras vezes noutro, que é onde se sente mais feliz.

sábado, 3 de agosto de 2013

Sonhos+

Esta noite sonhei mais uma vez contigo, ultimamente tem acontecido mais regularmente nem sei bem porquê. Não falei disto com ninguém primeiro porque ao início não dei importância e porque na verdade só quero esquecer. No sonho tu eras lindo como sempre, meigo e calmo como quando estavas comigo se bem que a situação não era propícia a isso, mas vi de novo a pessoa de quem gostei tanto, por quem tive paixão, amor talvez, sinceramente já não sei. No meio de todo aquele pandemónio e confusão conseguiste fazer-me recordar das boas coisas que eu via em ti, no meio de todo aquele fogo ainda conseguiste abraçar-me e dar-me a segurança que outrora me davas. É incrível como um simples pensamento, um simples sonho, uma simples invenção do meu subconsciente me conseguiu trazer tantas saudades de ti, de nós os dois juntos. Já não dói porque já passou, mas a raiva também passou, a vontade de não te ver nem falar contigo, no fundo do que mais tenho medo na vida é de te perder, não para mim, mas para o mundo, que não estejas bem, que passes mal, como tantas vezes me gritaste aos ouvidos que o que havia para perder, perdido estava.