sábado, 11 de novembro de 2017

Pedaços de vento

Cada vez mais somos substituíveis, descartáveis.
Cada vez mais aproveitamos de forma pequena os dias que podemos viver como seres humanos, somos inúteis. Sentir é a coisa mais genuína que um ser humano pode fazer, a mais verdadeira, no entanto, achamos que podemos ter o luxo de sentir por breves instantes e não por uma vida inteira, sendo a última a mais importante de todas. Ser forte deixa de ser um traço de personalidade para passar simplesmente a ser uma escolha, mais uma vez descartável, porque sentir é dos grandes e não dos pequenos, não é dos oprimidos, sentir e dificil. Sentir é dificil ao ponto de pensarmos em desligar o nosso interruptor de humanidade, como se não importasse e se formos fortes podemos fazê-lo durante muito tempo se formos fracos podemos apenas fingir e pensar sobre isso.

É incrível como as coisas ficam mais malucas na nossa cabeça nos dias de hoje e nos colocamos na posição de pensar em temas que jamais pensariamos à meses ou anos atrás, somos egoístas, achamos que só nós somos válidos, só a nossa dor é válida e a dos restante tagarelices e lamechices. Somos enganados, vezes e vezes sem conta por pessoas bem menos inteligentes do que nós e aceitamos simplesmente porque é mais fácil do que aceitar a realidade, mais acolhedor.

Algo sobrenatural, chega a ser isso mesmo porque nos achamos invencíveis, achamos que as coisas dúvidas nunca vão roçar a nossa alma, o medo, a angústia, a morte. Queremos ser melhores mas no fundo não passamos de erros e indecisões, como pedaços de papel, que se movem com o vento, sem livre árbitos..só erros e indecisões.

Achamos ter alguém sempre a zelar por nós, a proteger-nos, quando na realidade somos substiuíveis, descartáveis, como pedaços de papel, que movem com o vento...

Sem comentários:

Enviar um comentário